Esse passeio é um dos principais para quem vai a Bariloche (na minha opinião, é o principal passeio pra quem vai no verão).
Tivemos a sorte de pegar um guia muito bom que deu uma verdadeira aula de geografia e história; impressionante o conhecimento dele. Ficamos felizes em como ele conduziu esse passeio de 10h de duração. Ele passava tantas informações que fazer um cochilo seria desperdício e falta de educação. Um salve a Martin, e que outros guias também se inspirem nele.
Contratamos o passeio pelo Decolar.com e nos custou R$ 200,00 por pessoa. O bom de contratar pela decolar é que eles fazem um “filtro” e trabalham com as melhores empresas de cada destino, além do que, se pode parcelar o valor em até 10x sem juros no cartão.
O Circuito Grande explora a área “próxima“ de San Carlos de Bariloche, aos pés do Andes patagônicos.
São 240 km no total, para o norte pela Estrada de Los Lagos e também passando pela famosa Ruta 40.
Fizemos várias paradas ao longo do dia, passando por formações rochosas de origem vulcânica, que formam figuras interessantes. Também paramos nas cidades-vilas como a Vila Traful que fica com a passagem por terra interrompida no inverno e a bela Villa La Angostura e suas praias.
A primeira parada foi no Anfiteatro do Rio Limay com suas formações rochosas.
Nessas fotos pode-se ver a ação dos vulcões 🌋 e do derretimento das geleiras (veja nos paredões as pedras incrustadas na terra, pedras estas que vieram dentro de icebergs e que ali se derreteram ao longo de milhares de anos). Posteriormente, os lagos formados pelo derretimento destes icebergs também secaram pela ação de rios e assim a geografia do lugar ficou com essa aparência de “U”, a qual chamam atualmente de anfiteatro.


Depois disso fizemos uma parada em um posto de combustível. Veja pelo tamanho do posto o quanto movimentado é o lugar e a Ruta 40 neste ponto.

Dali por diante começamos a ver essas formações rochosas que são resultado de antigos vulcões 🌋. A lava no interior do vulcão virou pedra e depois, ao longo do tempo, as paredes do vulcão foram desintegradas pela ação da água, deixando assim estas esculturas.

Nesse ponto chove apenas 400ml ao ano; isso ocorre porque a cordilheira não deixa a chuva passar desde o Chile, e o resultado é esse solo seco e quase sem vegetação.
Foi bacana ver de perto o que se vê claramente no mapa da região Patagônica. A ação das cordilheiras, onde de um lado muito chove, chegando a 4000 milímetros ao ano, e do outro lado haver um deserto 🌵 com apenas 400 milímetros de chuva ao ano.
Essa chuva em abundância e a seca determinam a vegetação e a fauna cada lado da cordilheira. Isso tudo nos foi mostrado e explicado pelo guia. Essa aula sobre a ação vulcânica e terremotos deu um grande upgrade no nosso conhecimento Patagônico. Posso até dizer que nessas férias tive um período de estudos, quanta coisa aprendi. Isso já paga tudo.
Dali seguimos até um mirante onde se tinha uma vista linda dos lagos e montanhas.


Depois seguimos a Villa Traful, uma cidadezinha tão pequeninha e tão encantadora, que vale muito conhecer.
Vila Traful
Aqui fizemos uma paradinha de meia hora e ficamos livres para dar uma voltinha na orla do lago e na única rua da vila.

A Vila Traful fica totalmente isolada por terra no inverno, somente se chega nela por barcos. Fiquei pensativa de como seria se eu morasse por ali; alias, é o que me ocorre sempre que conheço um lugar novo, mas posso dizer que este lugar não seria para mim hehehe…


Depois da Vila Traful andamos mais um pouco por uma estrada de chão e então pegamos novamente a rodovia, a famosa Ruta 40, e seguimos em direção a próxima cidade onde paramos para o almoço.



E assim chegamos a Villa La Angostura.
Assim como a maioria das cidades do norte da Patagônia, esta cidade tem muitas rosas pelos canteiros do centro da cidade; acredito que elas gostem de frio e vento rsrs.
Essa cidade já é um pouco maior e essa sim é bastante parecida com Gramado/RS; uma avenida inteira de comércio e restaurantes. Achei um encanto.
Ficamos no centrinho de Angostura, bebemos um chopp (bem carrinho por sinal), compramos um souvenir (achamos uma jarra de cerveja em forma de pinguim que custava a metade do preço de Bariloche, fica a dica).
Depois de almoçar seguimos para a parte mais bonita de Angostura, a entrada do Parque e suas duas bahias.


São duas Bahias, pois uma pega de um lado onde o lago é mais aberto e agitado e assim denominda Brava e a outra do outro lado com o nome de Bahia Mansa.


Foi um dia perfeito e ficamos muito satisfeitos com o andamento do passeio, principalmente pelo conhecimento que o guia nos passou.
Foi interessante estar nessa região norte da Patagônia que é cheia de vulcões 🌋 e terremotos. Inclusive próximo ao ponto onde estávamos foi o maior terremoto no mundo até hoje registrado, 9,5 graus na escala Richter.
As pessoas de lá nos ensinam muito com o respeito que tem pela natureza e sobre recomeços. Me impressiona o como falam das tragédias, não em tom de raiva, mas de respeito e até uma certa contentamento.
Então, visto tudo isto, recomendo fortemente esse passeio.
Próximo post escreverei sobre Puerto Varas e Frutillar, que foi nosso destino saindo de Bariloche.
Lembrando que já coloquei outros dois posts de Bariloche e também sobre como fazer o tour Patagônio, veja os links no blog e se surgir dúvidas fique a vontade em me contatar.
Abraço Fridinhos e Fridinhas.