Estávamos no dia 10 da trip pela Carretera Austral. No dia anterior tínhamos feito um trekking no Glaciar Exploradores e a tarde pegamos a estrada até Coyhaique onde dormimos e saímos para nosso dia de estrada em que iríamos tomar um “braço na estrada” para dar um pulo nas cidades Puerto Aysen e na sequência Puerto Chacabuco e depois terminando para repousar em Puerto Cisnes.
Antes de mais nada, preciso fazer um parágrafo sobre o porque de passarmos novamente em Coyhaique; a resposta é simples: essa foi nossa cidade base, ficava no centro de nossos desejos e é a maior cidade da região, onde nos abastecemos de comidinhas para o restante dos dias. Para entender todo o roteiro, não deixe de ler o post do link abaixo, nele você encontra todas as informações para fazer igual ou melhor (aprenda com nossos erros):
https://fridaviaja.com/2020/04/03/carretera-austral-roteiro-e-dicas-demais-dicas

No outro dia à caminho do norte da Carretera Austral:

Nossa rota para passar nas Portenhas Aysen e Chacabuco: saímos de Coyhaique pela Ruta 7 – Carretera Austral e depois pegamos a Ruta 240 até Puerto Aysen e depois até Puerto Chacabuco, são 78 km. Depois voltamos para a Carretera Austral e foram mais 191 km até Puerto Cisnes.
Não diria que valha a pena ir de “mala e cuida” e pousar em Puerto Aysen ou Puerto Chacabuco pois as cidades não tem grandes atrações, mas acredito que vale o passeio, estender um pouco o trecho e passar ao menos nessa linda ponte vermelha da foto abaixo:
A ponte Presidente Ibañez liga as cidades de Pto Aysen à Pto Chacabuco, atravessando o Rio Aysen. A ponte é tão bonita que foi declarada Monumento Nacional do Chile em 2002.
Atravessamos até Puerto Chacabuco e lá é a oportunidade de ver como funciona um porto, caso você não trabalhe com isso, hehehe.

Na Ruta X-538 fique atento à uma passarela que fica no lado esquerdo.





Outra paradinha mais adiante é para ver o Arroyo El Laurel que deslisa por esse belo vale, mas não tenho foto, hehe.
Já em Puerto Cisnes…
Dessa trip esta foi a cidade que mais gostei, quando falo cidade me refiro só a área urbana, falo da estrutura do clima “praiano”, tudo me deixou satisfeita.
Quando chegamos na cidade portenha eu estava super empolgada em por os pézinhos no mar, mas nesse lugar (canal de Puyuhuapi ) o banho não é recomendável, uma pelo frio e outra pelo grande tráfego dos navios. Então guardei a vontade por mais 2 dias onde eu estaria em um spa termal na beira do Pacífico (não vejo a hora de contar isso para vocês).
Outra curiosidade que tinha sobre essa cidade e a de Puyuhuapi (próxima parada) era de como funcionava a criação de salmão em cativeiros. Matei a curiosidade de longe, mas está valendo.
Imagina que 1/3 de todo o salmão consumido no mundo sai do Chile?!
Por lá não existe salmão nativo, mas são criadas duas espécies: o salmão do Atlântico e o salmão do Pacífico, além da truta arco-íris, que é da mesma família dos salmões e muitas vezes vendida como salmão também.
Outra curiosidade que tinha e tirei por lá, é de que se eles realmente colocam pigmento na ração dos salmões para que eles fiquem com a mesma cor do salmão da Noruega ou do Canadá. A resposta foi de que sim, o salmão selvagem come crustáceos e por isso tem aquela cor linda, aqui é usado um pigmento inofensivo, o mesmo que vai no tomate e camarrões.
Abaixo uma foto de um cativeiro de salmão que fica bem pertinho do centrinho de Puerto Cisnes.
Seguindo a costa fomos parar do outro lado da “praia” do porto, o estacionamento dele.
Por ali havia um bar onde os locais escutavam música, faziam churrasco, alguns mencionavam dançar e outros apenas davam risada. Fiquei a observar e por alguns minutos me senti inclusa… quando chego nesse nível na trip fico bastante feliz; é isso, gosto de me sentir uma local, ver a vida através dos olhos de quem vive tão diferente de mim.

De Puero Cisnes não posso deixar de recomendar a estadia que encontramos e a qual fez toda a diferença na nossa noite por lá, também por conta da amorosa recepção que lá tivemos que gostei tanto da cidade. É assim com vocês também? Para mim de nada adianta estar no paraíso se não for bem tratada.
Fomos muito bem acolhidos no Hostal Professor Nelson, em um quarto confortável e um banheiro tão lindinho que até foto tirei.
Trata-se de um hostal clima familiar, café da manhã super bonitinho servido na mesa. A diária foi de USD 54,00 já sem o IVA (o qual estrangeiro não precisa pagar)
Segue link deles pelo Booking:
https://www.booking.com/hotel/cl/profe-nelson.pt-br.html
Justificada a minha paixão por esse banheiro né? Ou será que é só porque as louças são iguais a do banheiro de minha vó?!
Bom Fridinhos, espero que tenha conseguido justificar em fotos e palavras o porque gostei tanto dessa cidade, mas se ficarem em dúvidas e se não ficaram também… vão conhecer, tenho certeza que gostarão.
Próximo post será de Puyuahuapi onde desbravarei o Parque Nacional de Queulat.
Kussia!
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