PATAGÔNIA quarto roteiro: RUTA 40 e o que você precisa saber

Que eu sou fã da Patagônia eu nem preciso mais dizer, é minha viagem preferida de fim de ano, que é quando faz o gostoso verão patagônico e as paisagens são mais fantásticas na minha opinião.

Nesse roteiro queríamos fazer as cidades faltantes para completar a Patagônia e numa próxima ida começar a rever os lugares que mais gostamos. O plano era desembarcar em Bariloche e rever Villa La Angostura com mais calma, subir até San Martin de Los Andes, depois iniciar uma descida passando por El Bolson, Esquel e por fim atravessar para o Chile e lá conhecer Pucon e Chiloé.

Mas como as fronteiras terrestres do Chile estavam fechadas, penso que por conta da situação de não ter uma estrutura suficiente para conferir todas as exigências que por hora são pedidas para entrar no país – vacina, teste e declaração jurada- tivemos que mudar nosso roteiro.

Dada a situação, desembarcamos na Argentina e por lá ficamos, não era o plano inicial, no entanto conseguimos ver tudo com calma e foi maravilhoso como sempre. Conto tudinho abaixo:

Roteiro pela Ruta 40.

Chegamos no aeroporto de Bariloche que foi nossa cidade base para este roteiro. Alugamos um carro e de lá seguimos pela famosa Ruta 40.

🚘 Deslocamento 1: dirigimos de Bariloche até Villa La Angostura, onde foi nossa primeira estadia. Percorremos 83
Km em 1h:20 min

🚘 Deslocamento 2: depois de 3 dias em Villa Angostura, subimos em direção ao norte, onde nos hospedamos em San Martin de Los Andes. Foram 110 km percorridos em só Deus sabe quantas horas. Para esse trecho seriam no máximo 2 horas, no entanto, falamos da famosa Ruta de Los Sete Lagos e imperdíveis paradas para contemplação.

🚘 Deslocamento 3: depois de dois dias em San Martin de Los Andes, partimos para El Bolson, desta vez em sentindo sul. Foram 315 km percorridos em 5 horas.

🚘 Deslocamento 4: depois de 2 dias na cidade do lúpulo, saímos de El Bolson para Esquel, percorrendo 185 km em 3h:30 min.

🚘 Deslocamento 5: de Esquel fizemos um bate-volta até Trevelin, que fica distante 25 km de Esquel.

🚘 Deslocamento 6: depois de 3 dias em Esquel dirigimos de volta a Bariloche. Desta vez passando por dentro do Parque Nacional de Los Alerces. Foram 310 Km em 9 horas pois fizemos paradas de contemplações e 80 km desse trajeto foi de rípio.

Custos Patagônia 2021:

Dada a situação da desvalorização do peso argentino, essa foi a viagem mais econômica pela Patagônia, claro que se tivéssemos deixado para comprar as passagens aéreas para depois de novembro que foi quando os preços decolaram e a gente ficou a pé, a história seria outra.

MOEDA: usando a cotação paralela (blue) que hoje está 35 pesos a cada real, o turismo para o brasileiro está bem em conta na Argentina.

💰 No entanto tens que trazer em reais e fazer o câmbio na Argentina, sugiro a troca em Buenos Aires na rua Florida no Mais Brazucas que é também uma agência de viagens e inspira confiança. Fiz o câmbio no tempo da conexão no aeroporto (+- 4 horas).

Segue o contato da Mais Brazucas: +54 9 11 2760-0862

https://maisbrazucas.com.br/cotacao-peso-argentino/

🛌 A hospedagem reservamos pelo Airbnb e pagamos em reais, na média de R$ 250 diária que no geral foram cabanas e duplex. As que passaram na minha avaliação irei recomendar nos próximos posts.

🍷 Os custos em alimentação: o mercado vai se surpreender com a picanha à R$ 20 reais e vinhos que no Brasil custam R$ 150 estão por R$ 15,00 à 20 reais. A questão do preço baixo dos vinhos comparados ao das cervejas -que já tem custos mais parecidos com os nosso- é por conta do incentivo que o governo dá reduzindo o imposto deste produto que é um dos “carros chefe” da economia Argentina. No restante, os alimentos tem custo similar ao dos mercados brasileiros, claro que usando a cotação paralela.

🥘 Nos restaurantes: as cervejas de 1 litro custam R$ 15,00 e a pinta de cerveja artesanal (copo de 500ml) por R$ 10,00.
Uma refeição por casal em torno de R$ 60,00 à R$ 80,00

🚘 O aluguel de carro: se fores sair de Bariloche, recomendo o Correntoso Rent a Car.
O custo de um sedan popular (prisma ou logan) é de R$ 180,00 a diária.
Esse custo é de 2021, reservamos antecipadamente e pagamos 15% no cartão para fazer a reserva.

Segue o contato do Correntoso Rent a Car: +54 294 461-1545
info@correntosorentacar.com

https://www.correntosorentacar.com/?fbclid=IwAR2x6FGFy3V47gLR4OpaLf0br5FrRYdTtjw1uxnGcFPFYGuTzX5QPXxr36w

📲 Internet: Pegamos Movistar
Chip gratuito nas lojas Movistar, aí você manda uma mensagem pelo WhatsApp para a central e ali é feita a ativação do chip, esse atendimento só funciona de segunda à sexta depois das 9h.
A recarga foi 550 pesos para 5GB. Baixe os mapas sempre antes de sair, pois há muitos lugares sem sinal.

⛽️Combustível: 75 pesos o litro, isso dá um pouco mais de 2 reais para a gasolina comum (SUPER).

🚫 E o que não fazer por hora é usar cartão de crédito ou sacar em caixas eletrônicos aqui, pois tu vais pagar o dobro. Leve junto somente para uma emergência.

Checklist do que você precisa providenciar para viajar para a Argentina:

  • Seguro viagem, obrigatório e com a clausula de cobertura para covid
  • PCR de até 72 horas antes do embarque
  • Comprovante da vacina, necessária a segunda dose e na Argentina valem as mesmas vacinas que temos aqui no Brasil.
  • Passaporte ou RG
  • Declaração jurada, preencher no site abaixo e levar impresso.

https://www.argentina.gob.ar/circular/turismo

Lembrando que como está tudo em constante ajuste por conta da pandemia, consulte sempre o site mencionado para estar seguro de que providenciou tudo e não terá a desagradável surpresa de não poder entrar no país.

Clima dessa região:

Patagônia é sempre uma caixinha de surpresas, se faz sol é capaz de você ter coragem para entrar nos lagos gelados, mas se ventar e inventar de chover, prepara o figurino que um dia só desprevenida pode te deixar na cama pelo resto das férias.

A amplitude térmica da patagônia nessa época do ano é de 5 graus de manhã e pode chegar até 30 graus às 15 horas.

Então, a recomendação é leve roupas leves para os trekkings e sempre saia com um casaco corta-vento.

Para os dias frios o excelente é aquele conjunto: camiseta, blusa térmica, fleece e corta vento. Calças que viram bermudas são as mais interessantes para essa época do ano.

E os calçados? Para os trekkings é imprescindível os tênis com boas garrinhas, já que a maioria dos trekkings te levam ao alto da montanha. Um chinelinho para descansar os dedos também é bem importante.

O que mais levar:

  • luvas para o frio e porque não aquelas de academia para te ajudar nas escaladas rústicas.
  • calçado de trekking
  • corta vento
  • roupas leves e funcionais (não adianta um casaco pesado que não barre o vento)
  • capa de chuva
  • protetor solar
  • boné
  • repelente para as trilhas, por lá tem umas mutucas gigantes e insistentes.
  • roupa de banho, mesmo gelada, em algum momento tu terás coragem e vai ser irresistível.

Uma curiosidade: O Chile (outro lado da cordilheira) costuma ser muito chuvoso ao contrário do lado Argentino. Ventos Patagônicos? tem cidades que tem até apelidos por conta disso, assim como El Chaltén , mas no geral todas as cidades patagônicas costumam ter ventos fortíssimos com a mudança de tempo.

Uma dica final: Roupas de esporte não são recomendadas se deixar para se comprar por lá, pois no geral os preços são altos e mesmo as marcas regionais costumam tabelar com as importadas.

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